Banco de Pele
O Banco de pele do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) iniciou suas atividades oficialmente em abril de 2017. Está instalado nas dependências da Área de Transplantes de Multitecidos (ATMIT - INTO), a qual compreende 3 bancos: osso, pele e olho.
O Banco de pele do INTO é o responsável pela captação, processamento e distribuição de pele, para utilização principalmente em pacientes grandes queimados ou com grandes perdas de pele, seja por traumatismos ou doenças degenerativas da pele do paciente. No Banco Multitecidos possuímos equipes preparadas para realizar captações e processamentos 24 horas por dia, 365 dias do ano.
Algumas perguntas frequentes sobre o Banco de Pele:
Por que doar?
O uso de pele humana é a melhor opção de tratamento em pacientes grandes queimados, especialmente crianças. A pele transplantada funciona como um curativo biológico diminuindo a dor, a perda de líquidos pela ferida e a chance de infecção.
Qualquer pessoa pode ser doadora de pele?
A princípio sim. Alguns parâmetros devem ser observados: pessoas que não tenham sido vítimas de câncer com potencial metastático, infecção generalizada ou doenças infecciosas transmitidas através do sangue (como hepatite, AIDS, malária).
É muito importante que os futuros doadores expressem, em vida, sua vontade de doar pele, já que após confirmação do falecimento, a autorização é dada pela família.
Como funciona o processo de doação?
Visando a aumentar o número de doações, quem estiver com parente hospitalizado e que venha a falecer, deve solicitar ao profissional de saúde que acompanha o caso que comunique à Central de Transplante do Rio de Janeiro. O Into, então, será acionado. Os telefones do programa são: 155 (Estado do Rio de Janeiro) e 08002857557 (outros Estados).
Feita a notificação, um funcionário do programa vai até o hospital e faz uma avaliação sobre a possibilidade da doação, que inclui a realização de um questionário de triagem sobre o possível doador. Após aprovação, o Banco de Tecidos é informado e desloca sua equipe para a unidade de saúde.
Existe algum custo para o doador ou para o receptor?
Não. Todo o processo realizado pelo Banco de Tecidos do Into é gratuito, incluindo a captação, o processamento e a distribuição da pele. Não há custo para as famílias do doador e do receptor.
Autorizada a doação, o doador ficará mutilado ou deformado?
Não. No processo de captação da pele, são retiradas lâminas superficiais da pele das pernas, braços e do dorso. Ao final do processo a área é enfaixada, sendo assim, a aparência do doador permanece preservada.
Em quanto tempo pós-morte, com coração parado, é possível a retirada da pele?
A equipe tem até 24 horas pós-morte para captar o tecido e armazená-lo no Banco de Tecidos, se o doador estiver em câmara refrigerada.
Após a retirada da pele, como é realizada a sua preparação para o transplante?
A pele captada passa por um processamento dividido em três fases. Nessas fases a pele é embebida e impregnada por glicerol, o que garante praticamente uma esterilidade do tecido, e após controle microbiológico a mesma é liberada para a utilização nos pacientes.
Quais as vantagens de se usar a pele humana?
Estudos científicos já mostraram que a pele humana é o melhor substituto biológico no tratamento de queimados. Outro ponto positivo trata do rígido controle de segurança na captação e no processamento, seguindo os parâmetros da legislação brasileira.
A pele transplantada se mantém definitivamente no paciente?
Não, por se tratar de um curativo biológico. A pele transplantada vai servir temporariamente (em média 14 dias) como a própria pele do paciente, retirando-o da fase crítica da queimadura ou traumatismo.
Como a pele é disponibilizada para os pacientes que precisam de transplante?
Quando um paciente precisa desse tipo de tratamento, seu médico solicita ao Banco de Pele a disponibilização desse tecido. Cabe ressaltar que tanto o médico transplantador quanto o hospital onde o transplante acontecerá devem estar credenciados ao Sistema Nacional de Transplante.
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