O que é?
O ombro é a articulação do corpo com maior arco de movimento. Para que isso seja possível, o úmero (osso do braço) tem sua extremidade (cabeça do úmero), que se liga a articulação do ombro – se liga na glenóide – em forma de bola, enquanto a glenóide tem a forma de uma colher, para permitir que o ombro faça muitos movimentos sem limitações.
A cabeça do úmero é maior que a glenóide, assim, quando submetidos a uma força excessiva que empurra o ombro em uma direção (exemplos comuns são quedas e lesões no esporte), ocorre a perda de contato da cabeça do úmero com a glenóide (luxação).
As luxações podem ser anteriores, posteriores ou para baixo, sendo a luxação anterior a mais freqüente. Quando a luxação é incompleta, parte da articulação não esta em contato, chamamos de subluxação.
As forças que causam as luxações, também podem lesar os tendões e ligamentos que sustentam a articulação.
Após uma luxação, a cápsula da articulação do ombro pode ter ficado frouxa, e permitir repetidas luxações a qualquer grau de força, a isso chamamos instabilidade do ombro.
Sinais e sintomas
Com a luxação, a pessoa sente intensa dor, pois o ombro está fora do lugar. A contração muscular piora a dor, pode haver fraqueza muscular, edema e deformação da articulação.
Quando procurar o ortopedista?
Caso apresente os sintomas descritos acima ou suspeite de uma luxação, é um caso de emergência médica, devendo procurar um atendimento médico o mais rápido possível.
Qual o tratamento?
O ortopedista deverá solicitar um Raio X do ombro para ver a direção e extensão da luxação, e se não há fraturas associadas para serem tratadas. Então, o paciente será sedado, o ombro colocado no lugar (procedimento chamado redução), e neste momento a dor aguda irá passar.
Após a redução, o ombro será imobilizado por algumas semanas. Colocar gelo por 20 minutos, três a quatro vezes ao dia melhora o processo inflamatório e o edema. Quando liberado, o ombro, para mobilização, deve-se iniciar um programa de fisioterapia para fortalecer os tendões, ligamentos e músculos para prevenir novas luxações.
Uma luxação é fator de risco para novos episódios, favorece a instabilidade do ombro. As pessoas jovens e que praticam atividades físicas apresentam maior incidência de instabilidade. Esta deve ser tratada de forma cirúrgica para reforçar as estruturas que sustentam a articulação do ombro. Após a cirurgia, este ombro deve ser imobilizado e quando liberado para mobilização, deve-se iniciar fisioterapia. A recuperação funcional deve ocorrer em alguns meses.
Prevenção
Prevenir quedas e usar equipamentos de proteção ao praticar esportes.
O que é?
Também conhecida pelos médicos como capsulite adesiva, esta doença consiste em progressiva rigidez articular, com grande perda dos movimentos do ombro. É mais comum no sexo feminino e normalmente acomete pessoas entre 40 e 70 anos de idade. Seu aparecimento pode ser secundário a alguma lesão no ombro, como uma ruptura de tendão, ou um simples traumatismo nesta região. Também pode surgir após uma cirurgia no ombro. Em algumas situações a causa não pode ser determinada, mas existem vários fatores que estão associados a um risco aumentado do desenvolvimento da capsulite adesiva, como o diabetes, doenças cardíacas e um perfil psicológico característico com tendência a ansiedade e depressão.
Sinais e Sintomas
As principais queixas do paciente com ombro congelado são a perda de movimento e dor. Normalmente a evolução desta doença pode ser dividida em três fases. Inicialmente o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação. Na segunda fase, ou fase de congelamento, ocorre diminuição progressiva dos movimentos e a rigidez torna-se mais incômoda que a dor. Na terceira fase, ou fase de descongelamento, o ombro vai progressivamente retornando ao seu normal. A duração da capsulite adesiva pode variar de 6 meses a 2 anos, sendo normalmente auto limitada.
Como Proceder?
Na suspeita de ter um ombro congelado, ou seja, quando houver dor forte e/ou perda de movimento do ombro, procure um ortopedista.
Tratamento
O tratamento pode acelerar a recuperação da doença e amenizar os sintomas. Existem vários tipos de tratamento,que poderão ser escolhidos de acordo com a preferência e experiência de cada médico. Podem ser usados medicamentos analgésicos, antiinflamatórios ou até antidepressivos. Normalmente são feitas várias sessões de fisioterapia, que inicialmente têm o objetivo de retirar a dor e conforme esta vai cedendo trabalha-se a recuperação dos movimentos. Um método que tem mostrado grande eficácia é a realização de infiltrações de anestésico para bloqueio do nervo supra escapular. Em alguns poucos casos em que a doença se mostra muito resistente e incapacitante, pode estar indicada a realização de tratamento cirúrgico. Assim sendo, é realizada uma “liberação” da articulação, de preferência com o uso de artroscopia.
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