Into reduz fila de cirurgias ortopédicas pelo SUS
O balanço do 1º quadrimestre de 2015 revela um aumento expressivo dos procedimentos cirúrgicos
De janeiro a abril de 2015, foram realizadas 3.289 cirurgias no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), enquanto no mesmo período de 2014 haviam sido 1.908, o que corresponde a um aumento superior a 70%. Para chegar a este resultado, várias ações foram realizadas nos últimos dois anos, como, por exemplo, o recadastramento de 8.251 pacientes da lista de espera para cirurgias ortopédicas.
Vale destacar que 36% das cirurgias realizadas em 2015 são de alta complexidade, percentual que vem aumentando ao longo dos anos, já que o Into é a referência ortopédica do Sistema Único de Saúde (SUS) e a única instituição com condições de realizar alguns desses procedimentos.
Graças a essa excelência, a demanda por cirurgias no Instituto é cada vez maior e a fila de espera recebe pacientes de várias regiões do país todos os dias. Mesmo com a demanda crescente, a fila está sendo reduzida com a melhoria nos processos operacionais. Em 30 de abril deste ano, havia 16.820 pacientes na fila, enquanto em 30 de abril do ano passado eram 17.854.
“Modernizamos nosso sistema de cadastro para melhorar a vida do usuário do SUS, proveniente de várias localidades além do estado do Rio de Janeiro. Há procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e altíssimo custo que apenas o Into tem a capacidade de realizar em larga escala na rede pública e, para estes, recebemos pacientes de todo o país”, ressalta o diretor-geral do Into, João Matheus Guimarães.
Além da modernização do sistema de cadastro, as consultas de revisão em todas as subespecialidades ortopédicas e a parceria com unidades de saúde que possuem serviço de ortopedia com capacidade de realização de procedimentos de baixa e média complexidade explicam essa melhoria do desempenho assistencial. O número de atendimentos ambulatoriais no primeiro quadrimestre deste ano também aumentou, chegando a 70.304. No mesmo período do ano passado, haviam sido 57.738.
O Into assinou um termo de ajuste com o Ministério Público Federal no final de 2014 para reduzir a fila de cirurgias. A meta este ano é de chegar a 10,6 mil cirurgias. Em 2014, foram 7.560. “Estamos trabalhando atualmente na redução do tempo de espera por cirurgias, e não na extinção da fila, já que a entrada de pacientes é constante, em torno de 8 mil novos casos por ano”, afirma o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas.
MUTIRÕES NA REGIÃO NORTE – O Into também fechou parcerias com secretarias estaduais para levar mutirões de cirurgia a pontos longínquos do país, com o deslocamento não apenas de profissionais especializados em traumatologia e ortopedia, como também de equipamentos cirúrgicos do Instituto. A ação é conhecida como o Projeto Suporte.
Este ano, entre abril e maio, foram realizadas 60 cirurgias de joelho e quadril em Rio Branco/AC, especialidades com grande número de pacientes em espera. Em 15 de junho, terá início um mutirão de joelho, e em 7 de julho, um de quadril em Rondônia.
A equipe do Projeto Suporte é composta por 16 profissionais: médicos, enfermeiros e técnicos, envolvidos diretamente na ação, que tem a duração de uma semana. Em 11 anos de projeto, já foram promovidas 105 ações em 25 estados, principalmente na Região Norte, com a realização de 4.352 consultas, 2.338 cirurgias e 54 jornadas científicas e intercâmbios de ortopedia com médicos locais.
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