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Pesquisador do Into apresenta experiência inédita na China

Trabalho com células-tronco será apresentado pela primeira vez no Congresso Mundial de Ortopedia, de 17 a 19 de setembro

Uma experiência inédita realizada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) que pode transformar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) para o desgaste das articulações entre os ossos será apresentada pela primeira vez na próxima semana, em Guangzhou, na China. A pesquisa do cirurgião ortopedista Eduardo Branco, do Into, tem potencial para aposentar no futuro as próteses sintéticas tradicionais, utilizadas em milhares de pacientes com artrose.

 

O pesquisador foi selecionado para demonstrar os resultados de sua experiência com células-tronco no Congresso Mundial de Ortopedia, que ocorre de 17 a 19 deste mês. Eduardo Branco investiga um tipo específico de célula-tronco no líquido que reveste as articulações do corpo, como as do joelho, quadril e ombro. É o líquido sinovial. Ele foi selecionado pela Sociedade Internacional de Ortopedia e Traumatologia, juntamente com outros quatro brasileiros até 40 anos de idade, para uma bolsa de estudos no Congresso e para a apresentação da pesquisa.

 

A ideia é que, estimuladas com células-tronco, as articulações do corpo possam se regenerar sem a necessidade de colocação de próteses sintéticas. “Uma característica das células-tronco é que elas são capazes de formar novas células a partir de uma célula inicial. No caso das células do líquido sinovial, o que a gente verificou em laboratório é que o maior potencial delas é de formar cartilagens”, observa Eduardo Branco.

 

Ele ressalta que, pós-experiências laboratoriais, de cinco a 10 anos podem finalmente ocorrer as experiências em pessoas com artrose. “É um caminho um pouco mais longo até para garantir a segurança do paciente. Um cenário é trabalhar em laboratório, onde consigo manipular essas células em um ambiente totalmente controlado. Quando coloco em um organismo vivo, a resposta é muito mais complexa”, ressalta.

 

20% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É IDOSA – O pesquisador esclarece que o envelhecimento da população brasileira, assim como a mundial, é um dos fatores de risco para o maior desenvolvimento de artroses. Hoje, 20% da população brasileira já tem mais de 60 anos. “A gente está vivendo mais, está danificando mais esse tecido das articulações e está há mais tempo exposto ao que faz a nossa articulação degenerar. Isso nos preocupa em saúde pública, tanto na questão da qualidade de vida quando na questão do custo para o SUS”, acrescenta.

 

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