Brigas podem causar lesões e até fraturas graves
Época de alegria e de folia nas ruas, o carnaval também é um período de muitos excessos, do consumo exagerado de bebidas alcóolicas a brincadeiras brutas e desagradáveis, que podem contribuir para que ocorram brigas e confusões em blocos, bailes, escolas de samba, entre outros locais com aglomeração de pessoas. As consequências de uma briga de rua são inúmeras, como lesões, escoriações, entorses, luxações e até graves fraturas, de acordo com especialista em trauma do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
“Nestas situações, a cabeça e o rosto são as áreas do corpo mais atingidas, podendo produzir fraturas no nariz ou nos ossos da face, deixando a vítima da agressão desacordada”, explica o ortopedista Leonardo Rocha, chefe do Centro de Trauma do Into. Os ferimentos podem ser provocados por chutes, socos, cabeçadas e materiais contundentes ou perfurantes, como facas, garrafas, pedaços de madeira, entre outros objetos.
Segundo o médico, os agressores podem não ficar ilesos ou ter sérias complicações e infecções; fraturas de mão, que são tratadas com imobilização; e de antebraço, devido ao movimento de defesa corporal. As fraturas nos ossos da perna ocorrem devido a chutes ou a objetos contusos. Há ainda lesões graves na pele provocadas por fratura exposta, que podem acarretar em infecção óssea e devem ser tratadas de emergência com cirurgia para descontaminação das feridas e estabilização da fratura.
“Os casos podem variar muito, mas todas as lesões produzem algum tipo de sequela, sejam cicatrizes físicas ou psicológicas, podendo gerar ainda limitações funcionais temporárias ou permanentes. O tratamento poderá ser simples, como os cuidados dos ferimentos ou até mesmo ter a necessidade de intervenções cirúrgicas”, destacou.
Para o especialista, as pessoas devem evitar, ao máximo, atitudes violentas e confusões nestes eventos. Não se envolver em brigas nem para separar, pois poderá se machucar. Mas se porventura a agressão acontecer, procure o atendimento médico de emergência mais próximo e não utilize produtos sem orientação de um profissional de saúde.
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