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Remador carioca conclui travessia do Oceano Atlântico

Publicado: Segunda, 30 de Março de 2015, 13h55

Caetano Altafin doará recursos da campanha Remacaê para pesquisa sobre câncer ósseo desenvolvida no Into

Depois de 43 dias no mar enfrentando ondas gigantes, tempestades e até tubarões, o advogado e remador carioca Caetano Altafin, 32 anos, concluiu a travessia do Oceano Atlântico no último dia 5 de março. Ele remou cinco mil quilômetros, por cerca de 12 horas por dia, das Ilhas Canárias (Espanha) a Barbados (Caribe), ao lado de outros sete remadores estrangeiros. A aventura foi lançada na internet com a campanha Remacaê (http:// remacae.com), criada para conseguir financiamento coletivo e destinar doações para a pesquisa do osteossarcoma (tipo de câncer ósseo), desenvolvida no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

 

A motivação para a campanha surgiu pela perda do seu melhor amigo Rafael Cordeiro, em 2006, vítima de osteossarcoma. E sua inspiração foi o famoso navegador Amyr Klink, o primeiro brasileiro a cruzar o Oceano Atlântico em um barco a remo, sozinho, em 1984. Todos os percalços envolvidos na travessia, como contusões, perda de peso e noites sem dormir, parecem ter compensado o atleta pela experiência incrível que teve nos mares, desde a partida nas Ilhas Canárias, no dia 20 de janeiro.

 

"Vivemos momentos inesquecíveis. Encontramos um recanto com dezenas de golfinhos, fomos sobrevoados por peixes voadores, visitados por duas baleias, dourados e albatrozes. Vimos arco-íris múltiplos e noites lindas de lua cheia”, contou Caetano.  A equipe de remadores também passou por vários obstáculos a bordo da Avalon. “O leme da embarcação foi atacado por um tubarão branco, passamos também por muitas tempestades e ventos contrários fizeram com que acionássemos a guarda costeira local após concluir a travessia na parte norte de Barbados”.

 

Atleta do Clube Remo Bandeirante, Caê, como é mais conhecido, largou o emprego como advogado em São Paulo no ano passado para se preparar para a ousada travessia, passando por treinamentos de remo e de sobrevivência no Reino Unido desde dezembro de 2014. Ao chegar ao Brasil, Caetano disse que pretende descansar, finalizar o projeto e manter a campanha ativa na internet até o final de março, para receber mais doações a favor da pesquisa.

 

“Já havia decidido que todos os valores arrecadados serão direcionados para o Into”. Até o momento, a campanha recebeu R$ 36 mil em doações, mas ele continua na expectativa de conseguir novos apoiadores até formalizar a doação ao Instituto, prevista para o mês de abril.

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