Pais devem ter atenção com as mochilas
Sobrecarga e uso inadequado podem ocasionar dor e problemas posturais nas crianças
Com as férias escolares terminando no fim deste mês, os pais que ainda não compraram a mochila para os filhos devem ficar atentos aos modelos disponíveis no mercado para que o acessório não se torne um vilão e prejudique a coluna dos pequenos. De acordo com o ortopedista Luiz Eduardo Carelli, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), a mochila é um dos itens que requer maior atenção dos pais na hora da escolha.
“De preferência, é melhor optar pelos modelos de alças acolchoadas com largura que não excedam o tamanho da criança e com altura sobre a região da cintura. As alças da mochila devem ser divididas nos dois ombros, evitando utilizar de um só lado. Crianças pequenas não devem carregar peso e é preferível levar o material didático em mochilas do tipo carrinho”, alertou Carelli.
Segundo o médico, a sobrecarga do material escolar pode ocasionar problemas de postura e dores. A recomendação é de que crianças acima de 8 anos não devem carregar peso acima de 10% do peso corporal. A sugestão dele é arrumar a mochila diariamente, colocando apenas o material escolar necessário para as aulas.
Os pais também devem ter atenção com a postura do aluno dentro da sala de aula. “A cadeira deve estar posicionada de maneira que os pés estejam apoiados e o quadril em contato com o assento. As costas devem estar igualmente apoiadas e retas no encosto. Vale fazer uma pausa para movimentar o corpo a cada hora”, explica.
Em crianças e adolescentes, os problemas de coluna são, geralmente, relacionados à postura inadequada ao sentar com os ombros para frente, sem encostar a coluna na cadeira. “Esse hábito pode ocasionar um desvio postural chamado de hipercifose dorsal. Além do efeito estético ruim, pode ser fonte de dor”.
Já o uso inadequado de mochilas ou bolsas pode causar um desvio transitório lateral da coluna chamado de escoliose. Esse tipo de escoliose pode gerar dor e necessitar de tratamento de fisioterapia e uso de analgésicos. Os pais devem procurar um ortopedista quando observarem algum tipo de desvio ou queixa da criança, recomendou.
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